quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Biblioteca do convento



A biblioteca destivada de um antigo convento, em Lima, tem as estantes repletas de velhos livros, alfarrábios, documentos. Lombadas puídas e desbotadas, encadernações manchadas. A luz entra por duas grandes janelas no fundo, fazendo brilhar os montantes em madeira escura e realçando as vigas de madeira maciça no teto.



Enquanto eu sorrateiramente tirava algumas fotos, o espaço foi invadido por um bando de freiras.



As duas telas daí resultantes foram feitas com técnica mista.

sábado, 1 de outubro de 2011

Para Antonio

Funeral Blues
W. H. Auden (1907-1973)

Parem todos os relógios, desliguem os telefones,
Dêem um osso suculento ao cachorro para que ele pare de latir,
Silenciem os pianos e, com tambores em surdina,
Tragem o caixão, deixem entrar os enlutados.

Façam voar os aviões em círculos agourentos
Escrevendo no céu a mensagem: Ele morreu.
Ponham golas pretas no pescoço branco das pombas
E que os guardas de trânsito usem luvas pretas de algodão.

Ele era meu norte, meu sul, meu leste e oeste,
Meus dias de trabalho, meu descanso dominical,
O meio-dia, a meia-noite, minhas palavras, minha canção.
Achei que o amor duraria para sempre. Eu estava errado.

Não quero as estrelas agora, apaguem todas elas.
Cubram a Lua, e que o Sol se faça em pedaços.
Afastem o oceano e removam os bosques,
Porque nada de bom nunca mais irá acontecer.

Noivos



Uma exposição coletiva, em Tiradentes, marca os 300 anos do início da contrução da Matriz de Santo Antônio. Cada artista vai expor uma tela, com largura máxima de um metro. Pedem uma visão contemporânea da Matriz. Preferi uma visão nostálgica. Formatura, noivado, casamento. Pessoas reais. Não por acaso, meus pais: Laudicéa e Sebastião José.



O casamento, é claro, não foi na Matriz de Santo Antônio. Foi no Rio de Janeiro, numa igreja Batista. Não importa. Todos os casamentos se parecem. E todas as igrejas também se parecem. Se não na forma, ao menos no conteúdo.



A tela tem 120 x 60 cm.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ainda os livros



Ainda às voltas com os livros. Ou melhor, com a idéia de livro. O livro como objeto ou apenas como retângulos de cor distribuídos no espaço da tela. O fragmento do livro, a página colada na tela. O fragmento do texto. O livro como suporte da pintura. O livro pintado sobre o texto do livro. As variações são muitas.



E, acima de tudo isso, o mundo real, a paisagem. Montanhas e nuvens. O pensamento que voa.

Ainda a última exposição



Esta tela também entrou na exposição realizada no Centro Cultural Yves Alves. Como uma tela foi vendida e o comprador, do Rio de Janeiro, quis leva-la imediatamente, coloquei essa aqui no lugar da que foi para o Rio.



Mede 60x80 cm e foi concluída pouco antes da minha viagem ao Peru.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Coletiva em Tiradentes






























No dia 23 de junho, feriado de Corpus Christi, o Centro Cultural Yves Alves abre uma mostra coletiva da qual participo, ao lado de Luigi Frumenti, Lyria Palombini, Nícia Braga e Valin Branco. Vou ocupar a sala menor, logo na entrada. Serão apenas oito telas, sendo que quatro fazem parte da série Grafismos, que incorporam tecidos pintados por índios do Pará. Luigi e Lyria também mortrarão pinturas. Nícia mostrará cerâmicas e Valin, esculturas.

Será uma bela mostra. A exposição vai até meados de julho. Vale a pena vir a Tiradentes.

domingo, 5 de junho de 2011

Trilha Inca e Machu Picchu













Pela primeira vez, entram aqui fotos, em vez de pinturas.

É que estive um tempo sem trabalhar no ateliê, viajando pelo Peru. Uma viagem incrível. Lima e Cusco são duas cidades muito bonitas, limpíssimas, com gente simpática. E com muita coisa interessante para ver, desde ruínas pré-colombianas até arte contemporânea. A trilha inca (49 km em quatro dias, andando pelos Andes entre 3.000 e 4.000 metros de altitude) é deslumbrante. E Machu Picchu, é claro, é um espetáculo inesquecível. Ainda mais para quem chega a pé, pela parte de cima, depois de tanto esforço.

Mas já voltei ao ateliê e tenho novas telas - que vou expor no Centro Cultural Yves Alves, em Tiradentes, no final de junho. Logo elas estarão aqui no blog.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Biblioteca Imaginária na UFSJ


Levei apenas oito trabalhos para a exposição no Centro Cultural da Universidade Federal de São João del Rei (aberta ontem, 31 de março, vai até 24 de abril). O maior é a própria Biblioteca Imaginária - um díptico de 150 x 150 cm - que pela primeira vez foi exposto num local amplo, adequado a suas dimensões. Outra tela grande (160 x 80 cm) que eu chamei Livros, janelas foi adquirida pela Ana Lucia Lycurgo, de Brasília (veja postagem anterior). Duas telas pequenas (50 x 60 cm) da série Grafismos, com a incorporação de pinturas corporais indíginas, também estão lá. E, para completar a mostra, quatro telas de 50 x 70 cm, da série Mistérios da Biblioteca - uma das quais está aí em cima.

Na sala ao lado, Lígia Vellasco apresentou 16 telas da série Apocalipse. Telas figurativas, em cores fortes.

O contraste entre as duas mostras foi muito interessante. As duas tinham uma origem comum. Daí o nome da exposição: Um Livro e Todos os Livros. Duas visões opostas e complementares. O geral e o particular. O racional e o onírico. O rigor formal e a explosão cromática. A razão e a emoção.

terça-feira, 22 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Exposição em São João del Rei


Em abril estarei expondo trabalhos recentes no Centro Cultural da Universidade Federal de São João del Rei. Haverá um mostra simultânea da minha amiga Lígia Vellasco. Ela leva o Apocalipse e eu a minha Biblioteca Imaginária.

Além da biblioteca (150 x 150 cm), vou expor cinco telas da fase dos Mistérios (ou Fantasmas) e três dos grafismos indígenas. Todas, é claro, com os livros onipresentes.

A abertura será no dia 31 de março e a mostra fica até o domingo de Páscoa, 24 de abril. Um motivo a mais para vir a Tiradentes, nesse período.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Exposição A Cara do Rio


Estou participando da mostra A Cara do Rio, uma grande coletiva com artistas cariocas ou residentes no Rio, realizada anualmente no Centro Cultural dos Correios. Este ano, a mostra tem como subtítulo "da minha janela".

Desde 1971 que, da minha janela, não vejo a paisagem carioca. Ao longo do tempo, fui vendo outras ruas, outros morros, outros mares. Morei em algumas cidades, andei por muitas outras. Olhei por inúmeras janelas.

A grande paisagem, contudo, não é a que se vê da janela, olhando para fora. Esta, mesmo que bela, é óbvia. Mesmo que vista pela primeira vez, é banal.

A grande paisagem é a que se vê com dificuldade, a que se mostra aos poucos, no meio da bruma da memória. É escura, às vezes. Desfocada, imprecisa, enganadora. Esta, não é qualquer um que a vê. É preciso procurar, insistir, buscar, escavar as grutas, levantar os véus. E então talvez ela se mostre. Ou não.
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A abertura é no dia 26 de fevereiro, sábado, às 15 horas. A exposição fica até o dia 3 de abril. Minha escolha recaiu sobre uma tela grande (um díptico de 120 x 120 cm) onde juntei minhas referências básicas: livros, malas, roupas, globo terrestre, paisagem urbana. A grande viagem.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011